Alguma idéia? Não possuo mais forças para lutar. Não consigo mais levantar a espada e brandir contra mais ninguém. Depois de inúmeras facadas nas costas, depois de ter tido o coração dilacerado mais uma vez, o que posso fazer? Como posso conseguir forças para levantar-me novamente e lutar, se não encontro apoio? Não depois das facadas levadas. Não depois de ver que quem poderia me levantar também encontrasse ao chão. Não creio que poderei ousar confiar minhas costas a quem já não confio, pois não sei se suportaria mais traição. Desisto, humildemente desisto de tentar novas amizades. Enquanto uns dão a volta por cima, a mim só resta ver a porta no fim do túnel estreitar-se mais e mais, minguando a já minguada esperança, deixando-me cada vez mais perto da escuridão, mais perto do desespero. Dizem que do desespero do homem é que nasce a maior parte de sua esperança, mas eu não consigo mais ver esperança em lugar algum.
Pergunto-me, simples e puramente, por quê? Será Deus tão sádico assim? Não creio. Mas, às vezes, penso que Ele gosta de ver gente como eu sofrer, para ver quão forte são minhas crenças, meus credos, minhas esperanças. Ou seria apenas um meio de uma mente fraca justificar tudo que acontece? Ou ainda, seria essa mais uma das viagens da minha mente? Como saber?
Como posso sobreviver nesse mundo cáustico e sarcástico, onde tudo que podemos fazer em situações como essas é esperar, quando tudo que desejava fazer era correr, gritar, agir! Porém, tudo que lhe resta é esperar a luz lentamente reduzir, deixando-lhe na mais profunda escuridão. Essa situação não é agradável, é angustiante, irascível, dolorosa. Tira-me o sono, a inspiração, a vontade de ser o que sou. A junção desses problemas causa certo torpor. Fecho os olhos e nada, simplesmente nada. Não consigo mais pensar, não consigo mais controlar, não consigo mais focar em nada. Apenas vivo, vendo que a dor e o sofrimento também servem de alimento para a alma. Podemos, sim, viver de dor e sofrimento, porém, não é uma existência agradável.
Pegando a idéia de um blogg companheiro, eu peço agora, acima de tudo, que me deseje sanidade, pois a minha esvaiu-se, além de um pouco de razão, pois a que eu tenho, vive fugindo.
Digo ADEUS, pois agora, não sei o que serei...
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